Antes de mais nada, é preciso deixar claro que a transição para esse novo modelo ocorrerá de forma gradual, dependendo de fatores econômicos, capacidade técnica e tecnológica de cada país.
No Brasil, a evolução industrial está defasada. A maioria dos pátios industriais encontra-se na transição da indústria 2.0 para a 3.0, isto é, a automação por meio da eletrônica e robótica ainda engatinha.
Entretanto, investir nessa revolução é indispensável para garantir a sobrevivência da atividade nesse novo panorama competitivo. E as vantagens são, realmente, atraentes. Veja:
1. Possibilidade, em tempo real, de coleta e de análise de dados internos da fábrica associados a informações do ambiente externo propiciando a tomada de decisão autônoma das máquinas de forma assertiva;
2. Uso consciente dos recursos naturais e redução do desperdício das matérias-primas por meio da manufatura aditiva;
3. Diminuição do custo operacional: economia de energia, redução do número de colaboradores, das falhas de planejamento e da ociosidade de equipamentos — as máquinas programam as manutenções preditivas conforme históricos e condições momentâneas de produção;
4. Otimização do processo produtivo: incremento da segurança e da integração das comunicações, da qualidade final do produto, da produtividade de toda a cadeia;
5. Real condição de customização de produtos em larga escala — uma demanda do mercado consumidor que se tornará ainda mais exigente;
6. Maior confiabilidade dos dados gerados — seja pelos relatórios produzidos pelo sistema, seja pela realidade aumentada — para tomada de decisões estratégias e reposicionamento da marca.
Como dissemos, a maneira como esse conceito será implementado em cada segmento industrial é gradual e distinta. Porém, não há dúvidas de que essas tecnologias disruptivas demandarão aperfeiçoamento dos modelos de negócio e da mão de obra.
Frente a essa realidade, as oportunidades de negócio na indústria 4.0 não se concentram somente nas fábricas, mas também nos setores do mercado.